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Dua Lipa, Cumberbatch e mais de 300 personalidades pressionam Keir Starmer por fim da cumplicidade britânica em Gaza

Carta aberta exige suspensão de vendas de armas a Israel, acesso humanitário imediato e cessar-fogo urgente para proteger crianças palestinas


29/05/2025

Dua Lipa  Reprodução // Redes Sociais


Mais de 300 nomes influentes da música, cinema, televisão e ativismo se uniram em um apelo direto ao Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, exigindo uma mudança imediata na postura britânica em relação ao conflito em Gaza. Entre os signatários estão artistas como Dua Lipa, Primal Scream, Massive Attack, a atriz Lena Headey (Game of Thrones) e o ator Benedict Cumberbatch (Sherlock, Doutor Estranho), além do premiado diretor Danny Boyle.


Lena Headey — Reprodução 

 Benedict Cumberbatch — Reprodução


A iniciativa foi articulada pela ONG Choose Love, que atua em defesa de refugiados, e formalizada por meio de uma carta aberta endereçada a Starmer. O documento, revelado pela Sky News, exige a suspensão imediata das exportações britânicas de armamentos para Israel, a abertura de corredores humanitários para envio de ajuda e um posicionamento firme do governo britânico a favor de um cessar-fogo — “pelas crianças de Gaza”.


“Você não pode chamar isso de 'intolerável' e não agir”, desafia um trecho contundente da carta. “O mundo está assistindo e a história não esquecerá. As crianças de Gaza não podem esperar mais um minuto. Primeiro-Ministro, o que você escolherá? Cumplicidade em crimes de guerra ou a coragem de agir?”


O texto denuncia que mais de 71 mil crianças palestinas com menos de quatro anos estão gravemente desnutridas, enquanto suprimentos médicos e alimentares permanecem bloqueados a poucos minutos de distância, referindo-se ao cerco imposto por Israel há 11 semanas.


A carta acusa o Reino Unido de estar diretamente envolvido na continuidade da violência, ao permitir que “bombas caiam sobre crianças” com peças e equipamentos “enviados de fábricas britânicas para Israel”.


Apesar de, em setembro passado, o governo britânico ter suspendido 30 licenças de exportação de armamentos — de um total de aproximadamente 350 —, a pressão pública sobre o Primeiro-Ministro aumenta diante da escalada do conflito. Recentemente, Starmer se uniu aos líderes da França e do Canadá para alertar Israel sobre a possibilidade de “ações concretas” caso a ofensiva militar em Gaza continue a se intensificar. À época, ele classificou o sofrimento das crianças palestinas como “intolerável”.


O protesto de celebridades se soma a uma série de manifestações públicas. O artista Brian Eno, por exemplo, pediu que a Microsoft rompa laços com Israel e anunciou que doará os royalties do famoso tema do Windows 95 para causas humanitárias na Palestina. Já o grupo de hip-hop irlandês Kneecap, que recentemente se apresentou no Coachella, causou polêmica ao manifestar apoio à causa palestina em pleno palco. Em resposta, o Massive Attack declarou: “Kneecap não são a história. Gaza é a história. Genocídio é a história.”


Reprodução


Essa crescente mobilização internacional pressiona o Reino Unido a rever sua política externa e abandonar o que muitos já descrevem como uma “cumplicidade mortal” no sofrimento do povo palestino. A carta representa mais do que um apelo humanitário — é um ultimato político e moral.




POR: Tamiris Felix