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50 Cent e Olivia — Reprodução
O tempo voa, e a Billboard Hot 100 mostra isso com precisão cirúrgica. Em 2005, nomes como Mariah Carey, Kanye West, Jamie Foxx, Chris Brown, Gwen Stefani e 50 Cent reinavam absolutos nas paradas americanas com seus hits que pareciam eternos. Mas, surpreendentemente, nenhum dos artistas que chegaram ao 1º lugar naquele ano está presente na parada de 2025 — pelo menos não na atualização mais recente.
A retrospectiva chama atenção: “Let Me Love You”, do cantor Mario, abriu o ano de 2005 dominando por nove semanas o topo da Hot 100. Desde então, ele desapareceu das listas, com sua última aparição em 2009. Já o hit “Candy Shop”, de 50 Cent e Olivia, também ficou nove semanas no topo. O rapper ainda teve lampejos recentes graças a parcerias com Ed Sheeran (2019) e Pop Smoke (2020), mas sem grande impacto duradouro.
O auge que ficou para trás
A icônica “Hollaback Girl”, que lançou Gwen Stefani como estrela solo em 2005, marcou o ápice de sua carreira nas paradas. Em 2020, ela ainda ressurgiu brevemente com parcerias ao lado do marido Blake Shelton, mas desde então está ausente da lista.
Já Kanye West (ou Ye) e Jamie Foxx passaram dez semanas no topo em 2005 com “Gold Digger”. Desde então, Jamie se afastou da música, e Kanye tem enfrentado mais polêmicas do que sucesso comercial — sua última entrada na Hot 100 foi em 2014.
Outro nome forte daquela época, Carrie Underwood, que venceu o American Idol em 2005, chegou a emplacar 43 músicas na parada. E, mesmo com um fôlego menor, ainda colocou a faixa “I’m Gonna Love You” (com Cody Johnson) na Hot 100 em 2024.
Mariah e Chris Brown: os resistentes
Do grupo original de campeões de 2005, Mariah Carey e Chris Brown são os únicos que ainda respiram Billboard em 2025. Mariah brilhou há 20 anos com “We Belong Together”, que passou 15 semanas em 1º lugar. Este ano, voltou ao chart com “TYPE DANGEROUS”, estreando em 95º. E, claro, seu hino natalino “All I Want for Christmas Is You” continua garantindo sua presença sazonal no topo.
Chris Brown, por sua vez, estreou no topo em 2005 com “Run It!”, e atualmente aparece em 89º com “Holy Blindfold”, lançada após sua polêmica prisão na Inglaterra.
O que isso diz sobre a indústria?
Essa ausência nas paradas é um reflexo não apenas da passagem do tempo, mas das transformações no mercado musical, no comportamento do público e nas estratégias de marketing. Muitos artistas que lideraram o pop, R&B e hip-hop em 2005 hoje veem seus nomes ocupando espaços nostálgicos, enquanto novas gerações dominam os charts com TikTok, trends e streams virais.
POR: Tamiris Felix
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