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P. Diddy vai a julgamento por tráfico sexual em Nova York sob fortes acusações e vigilância midiática

Com mais de 60 processos, rapper enfrenta possível prisão perpétua; julgamento pode marcar novo capítulo no #MeToo no mundo da música


05/05/2025

Diddy   Phillip Faraone // Getty 


O rapper Sean "Diddy" Combs — também conhecido como P. Diddy — enfrenta, a partir desta semana, um dos julgamentos mais emblemáticos do entretenimento dos últimos anos. Acusado de tráfico sexual e outros crimes graves, o artista compareceu nesta segunda-feira (5) ao Tribunal do Distrito Sul de Nova York, onde teve início o processo de seleção do júri, etapa que definirá os rumos de seu julgamento criminal.

Aos 55 anos, Diddy responde atualmente a cinco acusações formais, incluindo tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição. Caso condenado em todas elas, pode pegar prisão perpétua. O caso mais emblemático é o movido por sua ex-namorada, a cantora Cassie Ventura, que o acusa de tê-la violentado e mantido em um ambiente de abuso contínuo durante anos — denúncia que, embora encerrada com um acordo extrajudicial, abriu caminho para uma enxurrada de novos relatos.

Desde fevereiro de 2024, o artista se tornou réu em 63 processos, com denúncias feitas por 26 homens e 37 mulheres, que afirmam ter sofrido abusos em festas organizadas por Diddy, batizadas de “Freak Offs” — eventos que, segundo promotores, eram regados a drogas, sexo não consensual e gravações clandestinas.

Na manhã desta segunda-feira, o rapper foi escoltado por agentes federais até o tribunal em Manhattan, onde o juiz Arun Subramanian iniciou o processo de voir dire — entrevistas individuais com os 150 candidatos ao júri. O objetivo é formar um grupo de 12 jurados e 6 suplentes imparciais, apesar da forte cobertura midiática. Os nomes dos escolhidos serão mantidos em sigilo, como medida de proteção.

O julgamento começa oficialmente no dia 12 de maio, com as declarações iniciais das partes. Entre as testemunhas, Cassie Ventura terá papel central, além de outras três mulheres que deporão sob pseudônimos. Um dos principais elementos de prova será um vídeo de 2016, no qual Diddy aparece chutando e arrastando Cassie por um corredor de hotel.


Enquanto isso, a defesa de Diddy afirma que todas as interações sexuais foram consensuais, alegando que o rapper apenas praticava um "estilo de vida alternativo", mas sem cometer crimes. "O fato de ele ter uma vida sexual não convencional não é ilegal", disse o advogado Marc Agnifilo ao New York Post.

P. Diddy   Scott Dudelson // Getty


Preso desde setembro de 2024 em uma penitenciária no Brooklyn, Diddy foi detido em um hotel após operação do Departamento de Segurança Interna. Meses antes, agentes haviam apreendido cerca de mil frascos de óleo de bebê e lubrificantes em suas mansões de Los Angeles e Miami, apontados como indícios dos chamados "Freak Offs".

A figura de Diddy, antes reverenciada como símbolo do sucesso do hip-hop, agora se vê no centro de um escândalo de proporções históricas. Enquanto o tribunal decide seu destino, o documentário “Diddy: Como Nasce um Bad Boy”, disponível na Max, aprofunda as denúncias contra o artista, reunindo depoimentos de vítimas e ex-colaboradores que revelam um padrão de abuso mantido por décadas.

O veredito ainda está longe, mas o caso já entra para a história como mais um marco do pós-#MeToo na indústria da música.


POR: Tamiris Felix



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