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Kid Cudi depôs nesta quinta-feira, no julgamento de Sean “Diddy” Combs - Timothy A. Clary // AFP // CP

O rapper Kid Cudi, nome artístico de Scott Mescudi, prestou um dos depoimentos mais aguardados do julgamento de Sean “Diddy” Combs nesta quinta-feira (22), em Nova York. Durante seu relato, Cudi afirmou que sua casa foi invadida e seu carro incendiado após Diddy descobrir que ele estava se relacionando com Casandra “Cassie” Ventura, ex-companheira do magnata da música.

O episódio descrito por Cudi ocorreu em 2012, e ele relatou que Cassie ligou “assustada e nervosa” ao perceber que Diddy havia descoberto o envolvimento dos dois. Para protegê-la, o rapper contou que a levou para um hotel e, pouco depois, recebeu uma ligação do assistente de Diddy, Capricorn Clark, informando que Combs havia arrombado sua residência.

“Estou aqui esperando por você”, teria dito Diddy ao telefone, segundo Mescudi. Ao retornar à sua casa, o rapper encontrou o local vazio — exceto por seu cachorro, que estava trancado em um cômodo. Em vez de confrontar o empresário, Cudi optou por chamar a polícia. Porém, após a invasão, Cudi se recusou a dialogar e afirmou: "Você invadiu minha casa e machucou meu cachorro, não quero falar com você".

Pouco tempo depois, o músico foi surpreendido com um incêndio criminoso em seu carro. O cuidador de seu cachorro avisou que o veículo estava em chamas, e a Promotoria apresentou imagens do automóvel carbonizado, além de um coquetel molotov encontrado no local. Cassie já havia declarado que Diddy, em um acesso de raiva, ameaçou explodir o carro do rapper.

Quando questionado sobre a reação de Diddy após o incêndio, Cudi relatou que o empresário respondeu com indiferença: “Não sei do que você está falando”. Aos jurados, o rapper foi direto: “Ele estava mentindo”.

O depoimento de Mescudi corrobora as graves acusações feitas por Cassie na semana anterior, em que ela relatou ter sido estuprada, agredida e coagida a participar de orgias durante seu relacionamento com Diddy, que durou cerca de uma década.

Sean Combs, de 55 anos, responde por agressão sexual e liderança de uma rede de prostituição. Se condenado, ele poderá enfrentar prisão perpétua. O julgamento continua nos próximos dias com novas testemunhas e desdobramentos.

POR: Tamiris Felix



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