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Ilustração do julgamento de Sean Combs — Reuters

O julgamento de Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, segue avançando em Nova York, já entrando em sua terceira semana — mas o público permanece sem imagens do artista dentro do tribunal. Ao contrário de outros casos de celebridades que ganharam transmissões ao vivo, como os de Johnny Depp e Gwyneth Paltrow, o processo contra Diddy tem sido registrado apenas por ilustrações feitas durante as audiências no Tribunal Federal de Manhattan.

A ausência de câmeras tem explicação legal: o caso corre sob jurisdição federal, onde vigora a Regra 53 das Regras Federais de Processo Penal dos Estados Unidos, em vigor desde 1946. Essa norma proíbe gravações, fotografias ou qualquer tipo de transmissão ao vivo durante audiências, salvo raras exceções autorizadas pelo juiz responsável.

A proibição busca proteger a integridade do julgamento, evitando que a cobertura midiática influencie jurados, testemunhas ou até mesmo o comportamento dos advogados. Também preserva a privacidade dos envolvidos, especialmente em casos de alta exposição pública.

Diddy é acusado pelo Departamento de Justiça de chefiar uma rede de exploração sexual que teria operado por mais de duas décadas, envolvendo tráfico de drogas, armas e coerção de vítimas. O julgamento, iniciado oficialmente em 12 de maio, deve durar pelo menos oito semanas.

Enquanto a regra divide opiniões entre magistrados — alguns defendem mais transparência, outros a imparcialidade garantida pelo sigilo visual. Até o momento, não há previsão de exceção à regra neste processo.

POR: Tamiris Felix

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