NOTÍCIAS

Aguilera, Ariana Grande — Tyler Golden // NBC // NBCU Photo Bank via Getty Images | C Flanigan // FilmMagic
Nesta segunda-feira (2), uma poderosa mobilização de artistas tomou forma nos Estados Unidos: nomes como Ariana Grande, Christina Aguilera, Dua Lipa e Sabrina Carpenter assinaram uma carta aberta exigindo a manutenção de investimentos em saúde mental voltados para a comunidade LGBTQIA+. A iniciativa partiu da ONG The Trevor Project, após vir a público que o presidente Donald Trump pretende eliminar o financiamento do serviço de apoio emocional e prevenção ao suicídio destinado a jovens queer.
O alerta veio após o vazamento de um documento do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, que indicava a retirada de recursos do serviço de emergência 988, especializado no atendimento a jovens LGBTQIA+. Desde sua implementação em 2022, mais de 1,3 milhão de chamadas foram atendidas.
A carta classifica a possível medida como um retrocesso perigoso.
“Como artistas, criadores e figuras públicas, nossas plataformas trazem responsabilidades. E hoje essa responsabilidade é clara: precisamos nos manifestar para proteger a saúde mental e a vida dos jovens LGBTQ+. Não ficaremos em silêncio”, diz o documento.
Os números expostos pela carta são alarmantes: jovens LGBTQIA+ têm mais de quatro vezes mais chances de tentar suicídio em comparação com seus pares heterossexuais e cisgêneros. Estima-se que, todos os anos, mais de 1,8 milhão de jovens queer nos Estados Unidos consideram seriamente o suicídio — com pelo menos um caso de tentativa a cada 45 segundos.
Além das popstars, a carta conta com assinaturas de figuras influentes como Daniel Radcliffe, Pedro Pascal, Sarah Paulson, Troye Sivan, Alan Cumming, Cara Delevingne, Diplo, Julia Michaels, Paul Feig, Dwyane Wade, Gabrielle Union e muitos outros artistas, atletas e ativistas. O grupo exige que o financiamento do serviço 988 seja mantido e ampliado, reconhecendo o suicídio de jovens LGBTQIA+ como uma crise de saúde pública.
A iniciativa mostra a urgência de políticas de acolhimento e cuidado com a juventude queer, num momento em que, segundo os signatários, o silêncio pode custar vidas.
POR: Tamiris Felix
Madonna critica governo Trump por revogar direitos LGBTQIAPN+: "Não desistam da luta"