A música faz parte da campanha #BeTheOne, criada pela Fundação Humanity Lab junto com a Organização das Nações Unidas (ONU) a fim de dar visibilidade para os refugiados e incentivar as pessoas a serem “agentes de liderança” em suas comunidades, construindo um futuro melhor. “Pra mim, aquela gravação é o resumo do que essa campanha é: um bando de gente falando cada um uma língua, mas todo mundo se entendendo, todo mundo junto. Falando sobre a importância de falar da história um do outro. Todo mundo ali sabia que tinha sido escolhido por sua história, e isso acabou fazendo eles se sentirem homenageados, representados e importantes”, destaca a cantora, que dá voz a versos em inglês e em português nesta canção.
IZA ficou muito feliz com o convite para se tornar embaixadora dessa campanha. Ela considera essa uma luta pessoal. “Mais da metade dos refugiados é negra”, ela faz questão de destacar, “a gente já sabe que a população negra é a que mais vive em vulnerabilidade nesse país, então para mim aquela gravação foi um presente. É muito doido conseguir fazer alguma coisa social através daquilo que mais amo, que é a música”.

(Foto: Divulgação / Rodolfo Magalhães)

(Foto: Divulgação / Rodolfo Magalhães)
IZA explica conceito do clipe
Como diz o título da campanha, #BeTheOne, IZA queria mostrar que “todos somos um”. O clipe é fundamental para que o público visualize a mensagem com clareza.
“Quando a gente constrói aquele muro e ele cai, o que queremos mostrar é que juntos nós todos podemos fazer a diferença. A gente precisa abraçar a diferença. Dentro do nosso individualismo, somos seres coletivos e é disso que a gente precisa lembrar sempre”

(Foto: Divulgação / Rodolfo Magalhães)

(Foto: Divulgação / Rodolfo Magalhães)
Como rolou essa colaboração com Maejor?
IZA – Foi um convite da Humanity Lab e da ONU. A Humanity Lab elaborou essa campanha #BeTheOne e queria convidar artistas que pudessem dar voz e serem embaixadores. Não foi uma campanha que partiu de mim, o que me deixa muito lisonjeada. Fico muito feliz de poder fazer parte de uma coisa tão incrível, com pessoas tão incríveis envolvidas. O Maejor é um artista maravilhoso, super envolvido com várias causas. Poder juntar a música com algo social tão importante me deixou muito feliz.
A pandemia atrapalhou?
IZA – A gente gravou o clipe no dia 13 ou 14 de fevereiro e estava com o lançamento marcado para 20 de março. Quando a gente recebeu a notícia da pandemia, a gente parou. Estou desde 14 de março em casa. A gente não sabia o que ia acontecer, já sabia que ia adiar porque ninguém estava sabendo quanto tempo iríamos ficar nisso. Essa campanha tinha como planejamento algumas ações – viagens – por ser uma campanha da ONU. Adiaram para ver se a gente conseguiria tirar isso do papel quando tudo acabasse, mas estamos sem previsão até agora. Depois de remarcar, caiu no dia 21. Pode parecer que foi um contratempo, mas nesse clipe a gente está falando de empatia, respeito, abraçar as diferenças, responsabilidade com o meio ambiente e com o consumo. Acho que todas essas mensagens vêm num momento muito propício. Muito doido, né?