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(Crédito: Justin Tallis / AFP)
Pesquisadores do Sheba Medical Center, em Israel, divulgaram nesta terça-feira (20) os resultados de um estudo com 102 pessoas que receberam as duas doses da vacina Pfizer/BioNTech contra o novo coronavírus.
De acordo com os cientistas, a vacina pode produzir uma reposta imunológica tão precisa a ponto de impedir a transmissão da COVID-19 entre as pessoas.
O estudo em geral ainda não foi publicado e não há evidências fortes em relação à capacidade do imunizante em reduzir a transmissão. Por conta disso, as medidas de segurança, tais como distanciamento social e uso de máscaras ainda são exigidas.
A professora que liderou a pesquisa, Gili Regev-Yochay, disse que as achados foram "encorajadores e razoáveis para assumir que essas pessoas não serão portadoras [do coronavírus] ou contagiosas, embora isso ainda não seja uma conclusão direta", de acordo com o site internacional Business Times.
Gili argumenta que, com base dos níveis de anticorpos identificados nas pessoas imunizadas, seriam suficientes para evitar até mesmo que o coronavírus se replicasse no organismo das pessoas que viessem a ser expostas.
Os voluntários chegaram a desenvolver 20x mais anticorpos contra a COVID-19 após a segunda aplicação do imunizante. Mas dois deles não produziram defesa – um paciente imunocomprometido e outro ainda está em análise.
(Foto: Divulgação / Reprodução)
As vacinas contra o vírus foram desenvolvidas com proposito inicial de reduzir o maior porcentual possível de casos graves de coronavírus e, consequentemente, mortes. Sendo assim, cientistas e laboratórios afirmam que é possível que as pessoas vacinadas cheguem a contrair a COVID-19 e fiquem com ele no corpo por algum tempo, podendo transmiti-lo. A capacidade do imunizante em quebrar a transmissão do vírus só poderá ser observada quando houver uma grande parte da população vacinada.
Especialistas acreditam que o primeiro país onde será possível ter uma noção disso deve ser Israel, onde quase 30% da população dos 9 milhões de habitantes já receberam a vacina. É a maior porcentual de pessoas imunizadas no mundo.
RESULTADOS PFIZER
O imunizante teve seus resultados preliminares na fase 3 de testes publicados no mês passado. Segundo os estudos, a vacina teve 95% de eficácia. Com esse porcentual, ela conseguiu reduzir em 95% a quantidade de casos que ocorreriam se as pessoas não tivesse sido imunizadas.
A vacina utiliza a tecnologia de mRNA, o RNA mensageiro, para induzir a imunidade a COVID-19.
A vacina Pfizer já foi aprovada e está sendo aplicada no Reino Unido, na União Europeia, nos Estados Unidos, no Canadá e diversos países.
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