NOTÍCIAS
CORONAVÍRUS
#EnergiaNews

(Foto: Divulgação / Governo do Estado de S. Paulo)
O Governo do Estado de S. Paulo suspendeu o inicio da vacinação de adolescentes contra a Covid-19 após receber metade das doses previstas da Pfizer do Ministério da Saúde. A data prevista no estado seria 18 de agosto. Isso prejudica a aplicação da 1ª dose em adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades, deficiências, grávidas e puérperas.
São Paulo espera receber as 228 mil doses faltantes, uma vez que recebeu 10,8% do quantitativo de doses em relação à população total do país, mas o estado tem 22% da população brasileira.
"A data está em aberto até que o Ministério da Saúde regularize a situação e garanta o envio com regularidade. São Paulo recebe as doses semanalmente já pactuadas com o ministério. Estado recebe mais de 20% das vacinas enviadas ao Brasil, mas governo enviou 10%. Isso não é ajuste fino. Não é uma mera adequação de cota, mas uma ruptura, que exigirá ajustes na programação", disse o secretário executivo da Secretaria Estadual de Saúde, Eduardo Ribeiro.
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que o corte no envio de doses da vacina vai atrasar a vacinação de adolescentes de grupo de risco:
"Vamos frustrar a expectativa de pais e mães de protegerem os filhos contra covid-19. Isso é lamentável. Exigimos, por direito, o critério da proporcionalidade no envio de vacinas".
ESTADO VAI PROCURAR A JUSTIÇA
A Procuradoria Geral do Estado vai acionar o judiciário contra o Ministério da Saúde após a redução no envio das vacinas, mas ainda está analisando para decidir para qual órgão a ação será encaminhada.
"Houve uma quebra da segurança jurídica, que está prevista na constituição. Houve uma quebra de postura no planejamento estatal que levava em consideração o contingente populacional. Houve uma quebra de expectativa do cidadão com prejuízo à política pública", disse a procuradora Camila Pintareli.
Mais cedo, o governador João Doria (PSDB) disse que o estado procuraria a Justiça.
"Quero rechaçar a manifestação do Ministério da Saúde, que quebra o protocolo republicano e retira vacinas de São Paulo de forma injusta e arbitrária. Nós vamos reagir na forma da lei para evitar que os paulistas ou quem vive no estado sejam prejudicados por uma medida sem fundamento".
O estado irá aguardar uma resposta do Ministério da Saúde e espera receber a outra metade do lote previsto de acordo com o critério de proporcionalidade, aplicada até então no envio das vacinas aos estados.
(Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
MINISTÉRIO NEGA PREJUÍZO A SP
O secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, afirmou que o envio é sempre definido em pautas entre o governo federal, as secretarias estaduais e as municipais, e que a última já era de conhecimento de todas as partes. Ele ainda disse que a pasta pretende que, uma vez terminada a imunização aos grupos prioritários, a distribuição acontece de forma equânime.
“Agora, vai avançar de forma equânime para imunizar a população. Todos os estados se veem representados na discussão das pautas. Ela não é fechada pelo ministério; ela é proposta por nós, mas levada a discussão e pactuada, e aí sim é encaminhada. Não há de se falar em percentual fixo, porque avançamos na medida que avançamos no PNI”, disse secretário em coletiva no inicio da última quarta-feira (04).
O executivo ainda afirmou que informou ao governo paulista que fará uma análise do pleito da gestão Doria e disse estar aberto para ouvir as reivindicações das secretarias estaduais e municipais de saúde.
POR: Tamiris Felix
ÚLTIMAS
+LEIA TAMBÉM: SP vai liberar eventos com público ainda este mês; Shows e torcidas em estádios voltam em 1º de novembro
+LEIA TAMBÉM: SP antecipa calendário vacinal contra a Covid-19 para adultos e adolescentes
+LEIA TAMBÉM: Covid-19: SP sanciona lei que coloca no fim da fila quem escolher a marca da vacina