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Julgamento de Diddy começa nos EUA com acusações graves de tráfico sexual e abuso

Após meses de escândalos e revelações, Sean 'Diddy' Combs encara a Justiça em processo que pode levá-lo a 15 anos de prisão


12/05/2025

Sean Diddy Combs  Jordan Strauss // Invision // AP


O aguardado julgamento de Sean "Diddy" Combs teve início nesta segunda-feira (12), em Nova York, com a seleção do júri finalizada nas primeiras horas do dia e as declarações iniciais previstas para a tarde. O caso, que pode se arrastar por pelo menos oito semanas, envolve acusações sérias contra o magnata da música, incluindo tráfico sexual, extorsão e coerção.


Vestindo um suéter branco, Diddy chegou ao tribunal federal no Brooklyn antes das 9h, acenou positivamente aos apoiadores e abraçou seus advogados. A presença do rapper movimentou o entorno do tribunal, com filas se estendendo por quarteirões. A mãe de Combs e alguns de seus filhos foram escoltados até o prédio.



Familiares de Sean 'Diddy' Combs no primeiro dia do julgamento do magnata da música por tráfico sexual, em Nova York (EUA) — REUTERS // Mike Segar


Segundo os promotores, o julgamento contará com depoimentos de, pelo menos, três testemunhas-chave, entre elas Cassandra "Cassie" Ventura — ex-namorada de Diddy e autora de um processo civil contra ele por abuso sexual e violência física. Um vídeo de segurança que mostra Combs agredindo Cassie em um hotel, em 2016, também poderá ser apresentado ao júri.



  Reprodução // CNN e Redes Sociais


O rapper de 55 anos, que se declarou inocente de todas as cinco acusações, está preso desde setembro de 2024 em uma penitenciária federal. Se condenado, poderá pegar no mínimo 15 anos de prisão. As acusações abrangem crimes supostamente cometidos ao longo de duas décadas, entre 2004 e 2024, e envolvem abusos organizados por Diddy com o apoio de funcionários e associados, que ajudavam a silenciar vítimas por meio de chantagem, violência e até sequestro.


Eventos chamados de “freak offs”, segundo a promotoria, eram festas secretas em que mulheres — muitas vezes drogadas — eram induzidas a participar de atos sexuais com profissionais do sexo, tudo supostamente encenado por Diddy.


A defesa do artista alega que todas as interações foram consensuais e que o governo estaria distorcendo práticas íntimas para construir um caso midiático. Advogados também sustentam que, em alguns casos, trabalhadoras do sexo foram trazidas voluntariamente pelas parceiras de Combs.


O processo é conduzido pelo juiz federal Arun Subramanian. A acusação conta com uma equipe de oito promotores — sete deles mulheres — incluindo Maurene Comey, filha do ex-diretor do FBI James Comey e conhecida por sua atuação no caso Ghislaine Maxwell. Do lado da defesa, o rapper conta com nomes experientes como Marc Agnifilo e Brian Steel, conhecido por representar o rapper Young Thug.


Combs, conhecido por seu império na música e na moda, enfrenta ainda uma onda de processos civis que vieram à tona após a denúncia de Cassie, em 2023. Diversos homens e mulheres alegaram terem sido drogados e abusados em eventos promovidos pelo artista. Algumas acusações envolvem, inclusive, outras celebridades. Contudo, apenas um grupo restrito de alegações com provas materiais faz parte do processo criminal em andamento.


Embora não haja transmissão ao vivo do julgamento — como determinam as regras do tribunal — artistas forenses produzirão ilustrações das audiências, que prometem atrair atenção global nas próximas semanas. A Justiça americana está agora diante de um dos julgamentos mais explosivos da indústria do entretenimento nos últimos anos.



POR: Tamiris Felix



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