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CORONAVÍRUS
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(Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Brasil ultrapassou na terça-feira (19), a marca de 50% da população com o esquema vacinal completo contra a Covid-19 (duas doses ou dose única), de acordo com o DataSUS. Os benefícios da aceleração da imunização são vistos diariamente com a queda no número de novos casos de mortes e internações.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população brasileira é estimada em 213,3 milhões de pessoas, e cerca de 109,9 milhões já receberam as duas doses da vacina ou a proteção de dose única (Janssen), 51,42% dos brasileiros estão protegidos contra a doença. Já os imunizados com a primeira dose superam a marca de 151,5 milhões, isso representa 70,8% da população.
"Significa um excelente avanço, percebemos os resultados dessa vacinação na diminuição de óbitos, internações, enfim de quadros graves. Mas também significa que temos de completar o caminho. Estamos no meio dele, a meta do ministério é chegar a 90% das pessoas com duas doses. Hoje estamos mais perto disso", disse a vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Isabela Ballalai, comemorando o resultado.
Já o virologista Flavio Guimarães Fonseca, professor da Universidade Federal de Minas Gerais e presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologial) disse:
"Há uma desaceleração importante dos números da epidemia no Brasil e é fruto dessa imunidade que está sendo gerada na população, que tem dois responsáveis: a vacina e o número de curados. À medida que a população completa o esquema vacinal, vemos as curvas de casos e mortes cair de forma inversamente proporcional. Além, é claro, do próprio número de pessoas que foram infectadas, sobreviveram e se somam aos indivíduos vacinados, o que promove o aspecto de imunização populacional".
(Créditos: Aline Massuca / Metrópoles)
Há muito o que comemorar, mas os cientistas advertem que ainda não é hora de relaxar, nem deixar de usar a máscara, manter a higienização das mãos e evitar aglomerações.
"Temos de lembrar que a Covid é uma doença de transmissão respiratória, e aí entra também a questão sazonal. O pico é no inverno, por isso não podemos dizer que a epidemia está acabando, e sim arrefecendo. Se a população tiver um bom nível de cuidado, chegaremos a uma estabilização em um patamar mais baixo que no ano passado. Provavelmente, em abril, teremos uma nova onda e, faço votos, que seja em números muito mais baixos inclusive do que a primeira", disse Eliseu Waldman, epidemiologista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo).
É importante lembrar que as vacinas não evitam infecção, e sim previnem casos graves, mortes e internações. E com o aumento de pessoas totalmente vacinadas ajuda a diminuir a taxa de transmissão do vírus e, consequentemente, diminui a possibilidade de surgirem novas cepas da Covid-19. Isso significa que a vacinação é vantajosa contra a doença.
"A vacina diminui a circulação do vírus entre a população. Quanto menos circulação do vírus, menos multiplicação. Quanto menos multiplicação, menos possibilidade de mutação e menor a probabilidade de surgirem variantes importantes. Mesmo sem evitar a doença, a vacina diminui o número de pessoas que vão ser infectadas, com isso se reduzem a circulação e a taxa de transmissão do vírus", explica Carlos Fonseca.
POR: Tamiris Felix
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